Publicado em 18/10/2014, às 01h18
Da Redação
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Ato de racismo teria acontecido dentro da Uneb, em Juazeiro. (Foto: Reprodução) |
Há quase um mês, uma funcionária da área de limpeza da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro, que não teve o nome revelado, teria passado por um tremendo constrangimento durante um suposto ato de racismo praticado por um estudante da própria instituição.
A funcionária teria sido chamada de "preta" por um aluno do curso de Agronomia, identificado como sendo Marcos Vinicius Reis. De acordo com informações, o estudante estaria sentado sobre uma mesa quando a trabalhadora pediu que o mesmo saísse. Aborrecido, o estudante teria dito a seguinte frase: "É por isso que eu não gosto de preto! Preto não vale nada". Constrangida, mas ciente dos seus direitos, a funcionária teria perguntando se o estudante sabia que podia ser preso por crime de racismo, e a namorada do rapaz, identificada como sendo Ana Gardênia Sampaio, teria apoiado o amado e dito que "ela não teria como provar". O lamentável fato teria acontecido quando a funcionária realizava suas atividades no Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais da Uneb (DTCS).
De lá pra cá, o caso vem sendo discutido e foi veemente condenado por centenas de estudantes da Uneb, bem como pela sociedade baiana como um todo, pois o fato foi divulgado em toda a imprensa do Estado.
Manifestação
Nesta sexta-feira (17), os funcionários do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza do Estado da Bahia - Regional Juazeiro (Sindilimp) - Juazeiro), estudantes, líderes de movimentos sociais e professores de várias instituições da cidade se reuniram na Uneb e realizaram um ato de repúdio ao caso, que não foi encaminhado à polícia, segundo informações, por medo de represália contra a funcionária.
Repúdio da Direção da Uneb
Em nota, a direção do DTCS esclarece que "repudia qualquer forma de discriminação, preconceito de raça, cor, gênero, orientação sexual, etnia ou religião". A respeito da manifestação, "o DTCS adotou medidas administrativas no sentido no sentido de apurar o fatos, instaurando comissão de sindicância". A nota ainda ressalta que, "na conclusão dos trabalhos da sindicância, se houver elementos que apontem as causas do crime, a Uneb tomará as providências cabíveis, e encaminhará o caso ao Ministério Público para apuração de responsabilidade criminal".
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