Publicado em 28/10/2014, às 20h46
Uma fiscalização em Ilhéus descobriu cerca de mil funcionários municipais, ex-funcionários e cônjuges recebendo irregularmente Bolsa Família na cidade. Segundo o secretário de Desenvolvimento Social Jamil Ocké a iniciativa foi tomada ao perceber que várias famílias pobres não estavam recebendo o benefício.
"Todo município ele tem a obrigação de fazer a fiscalização", explicou Ocké ao Correio da Bahia. "Quando assumi a secretária em 2013 a gente começou a fazer essa fiscalização, de maneira tímida, mas conseguimos fazer. Resolvemos fazer por lote, começando pelos servidores municipais e nossa surpresa foi perceber que tem servidores atuais e ex-funcionários, cônjuges, que estavam recebendo Bolsa Família e ao mesmo tempo assalariados, recebendo salários e alguns até com salários altos", diz.
A auditoria continuará sendo feita com servidores estaduais e trabalhadores da iniciativa privada. Os beneficiários irregulares param de receber a Bolsa Família e podem até ter que devolver os valores recebidos." A primeira coisa que a gente faz é bloquear o recebimento. A gente bloqueia, prepara o relatório social dessas famílias e manda para a Secretaria Nacional de Renda e Cidadania (Senarc), que é ligado ao MDS, e aí imediatamente é feito uma avaliação para saber se teve má fé, se teve dolo... Averiguada essa questão, se eles acharem que foi má fé, fazem uma notificação à família, que tem prazo de 60 dias para se defender, direto para o MDS", explica o secretário.
"Não é todo mundo que chega e recebe, e nós estranhamos ver famílias pobres que não estavam conseguido o benefício", diz Ocké, explicando porque o município resolveu fazer a fiscalização.
Em Ilhéus, são 22 mil famílias atendidas pelo programa, em investimento de quase R$ 3 milhões.
As informações são do Correio da Bahia.
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