Publicado em 21/11/2014, às 17h24
por José de Oliveira, da Revista do Vale
Foi-se o tempo em que morar em cidades do interior era sinônimo de tranquilidade. Hoje em dia, assustados, muitos temem pela própria vida e estão abandonando o reduto interiorano para morar nas grandes metrópoles. A criminalidade sempre existiu, mas hoje está migrando com mais força para essas localidades, onde o desenvolvimento ainda nem chegou. Os ataques a bancos já estão entre os crimes mais praticados no interior do Brasil, e os ingredientes são sempre os mesmos: explosões, reféns, tiros, roubos e mortes. Esse tipo de crime já virou rotina, porém, um dos estados mais atingidos por essa "febre" chama-se Bahia.
Aproveitando o número reduzido de policiais, os bandidos invadem os pequenos municípios e roubam dinheiro dos caixas e cofres utilizando explosivos. As autoridades, se quisessem, já poderiam ter tomado providências, visto que a tática é sempre a mesma. Parte da quadrilha se desloca para os pontos estratégicos das cidades, outros elementos encurralam policiais nas delegacias, atirando sem parar e danificando as viaturas e as instalações. Ao mesmo tempo, outra parte do bando segue para as agências e postos bancários, coloca explosivos nos caixas eletrônicos ou nos cofres e provocam a detonação.
Números
Segundo dados do Sindicato dos Bancários do estado, ocorreram neste ano 207 ataques a bancos, sendo apenas 28 em Salvador e 179 no interior, principalmente em cidades com menos de 25 mil habitantes. Dos bancos, o do Brasil e o Bradesco são os alvos favoritos, com 94 e 68 ocorrências, respectivamente. A pior parte sempre sobra para o cidadão, que fica refém da própria sorte, esperando a próxima explosão.
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